Se me der um beijo eu gosto Se me der um tapa eu brigo Se me der um grito não calo Se mandar calar mais eu falo Mas se me der a mão Claro, aperto Se for franco Direto e aberto Tô contigo amigo e não abro Vamos ver o diabo de perto Mas preste bem atenção, seu moço Não engulo a fruta e o caroço Minha vida é tutano é osso Liberdade virou prisão Se é amor deu e recebeu Se é suor só o meu e o teu Verbo eu pra mim já morreu Quem mandava em mim nem nasceu É viver e aprender Vá viver e entender, malandro Vai compreender Vá tratar de viver E se tentar me tolher é igual Ao fulano de tal que taí
Se é pra ir vamos juntos Se não é já não tô nem aqui
Eu acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão Eu ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão Eu vou à luta com essa juventude Que não corre da raia a troco de nada Eu vou no bloco dessa mocidade Que não tá na saudade e constroi a manhã desejada Aquele que sabe que é o couro da gente Que segura a batida da vida o ano inteiro Aquele que sabe i sufoco de um jogo tão duro E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro Aquele que sai da batalha E entra num botequim Pede uma serva gelada E agita na mesa logo uma batucada Aquele que manda um pagode E sacode a poeira suada da luta E faz a brincadeira Pois o resto é besteira (Nós estamos pelaí)