Além do Cidadão Kane é um documentário produzido na Europa - proibido no Brasil desde a estréia, em 1993, por decisão judicial - que trata das relações sombrias entre a Rede Globo de Televisão, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário político brasileiro.
- Os cortes e manipulações efetuados na edição do último debate entre Luiz Inácio da Silva e Fernando Collor de Mello, que influenciaram a eleição de 1989.
- Apoio a ditadura militar e censura a artistas, como Chico Buarque que por anos foi proibido de ter seu nome divulgado na emissora.
- Criação de mitos culturalmente questionáveis, veiculação de notícias frívolas e alienação humana.
- Depoimentos de Leonel Brizola, Chico Buarque, Washington Olivetto, entre outros jornalistas, historiadores e estudiosos da sociedade brasileira.
"Todo brasileiro deveria ver Além do Cidadão Kane"
Beyond Citizen Kane (Muito Além do Cidadão Kane, no Brasil) é um documentário televisivo britânico de Simon Hartog exibido em 1993 pelo Channel 4, emissora pública do Reino Unido.
O documentário mostra as relações entre a mídia e o poder do Brasil, focando na análise da figura de Roberto Marinho. Embora o documentário tenha sido censurado pela justiça, a Rede Record comprou os direitos de transmissão exclusiva, por 20 mil dólares do produtor John Ellis.
A obra detalha a posição dominante da Rede Globo na sociedade brasileira, debatendo a influência do grupo, seu poder e suas relações políticas, que os autores do documentário vêem como manipuladoras e formadora de opinião. O ex-presidente e fundador da Globo Roberto Marinho foi o principal alvo das críticas do documentário, sendo comparado a Charles Foster Kane, personagem criado em 1941 por Orson Welles para o filme Cidadão Kane, um drama de ficção baseado na trajetória de William Randolph Hearst, magnata da comunicação nos Estados Unidos da América.
Segundo o documentário, a Globo empregaria a mesma manipulação grosseira de notícias para influenciar a opinião pública como fazia Kane no filme.
De acordo com matéria veiculada na Folha Online em 28 de agosto de 2009, a produtora que montou a filmagem é independente e a televisão pública britânica não teve qualquer relação com seu desenvolvimento.
Já a Record sustenta que a BBC, outra emissora pública do Reino Unido, estaria relacionada com sua produção. Já de acordo com o site iMDb, o documentário foi produzido e distribuído exclusivamente pela rede de televisão pública inglesa Channel 4.